
Radiologia Ce
ANEURISMA GIGANTE DE ARTÉRIA CEREBRAL DETERMINANDO ALTERAÇÕES NO GIRO PARAHIPOCAMPAL E CRISES EPILÉPTICAS PARCIAIS COMPLEXAS
RELATO DE CASO:
Téc.Anny Catharine de Lima
Drº Brunno de Farias Brito
Téc.Juan Carlos Soares Vidal
DrºJanniê de Miranda Araújo
DrºRamoniê de Miranda Araújo
DrºValber Thadeu do Vale Vitorino
E-mail: annycatharine@yahoo.com.br
Abstract
The authors describe the case of a young female patient with a giant aneurysm of the posterior cerebral artery, in which the main reported symptoms were refractory headache and complex partial epileptic seizures. Specific image screening was performed, which revealed parenchymal alterations on the mesial portion of the left temporal lobe (parahippocampal gyrus), resulting from the mass effect of the lesion (pseudotumoral effect), therefore explaining the patient’s symptoms.
Keywords: Giant aneurysm, epilepsy, pseudo tumor, parahippocampal gyrus.
Resumo
Os autores relatam umcaso clínico de paciente jovem do sexo feminino com aneurisma giganteda artéria cerebral posterior em que os principais sintomasreferidoseramcefaleia refratária e crises epilépticas parciais complexas. Foram realizados exames específicos de imagem que demonstraram alterações parenquimatosas na porção mesial do lobo temporal esquerdo (giro parahipocampal), decorrentes do efeito massa da lesão (efeito pseudo tumoral), justificando os sintomas da paciente.
Palavras-chaves: Aneurisma gigante, Epilepsia, Pseudo-tumor, Giro Parahipocampal.
Os aneurismas gigantes intracranianos (maiores que 2,5cm) constituem patologia rara representando 3-5% dos aneurismas cerebrais. Manifestam-se clinicamente como processo expansivo ou através de hemorragia meníngea, sendo esta última a forma mais frequente de apresentação no momento do diagnóstico (80%). Casos menos comuns são relatados nos quais os aneurismas volumosos exercem efeito de massa sobre o parênquima cerebral adjacente, resultando em danos neurológicos, incluindo crises epilépticas. Especula-se que o mecanismo pode ser por irritação direta, tanto pelo saco aneurismático como por hemorragias subclínicas repetidas (efeito pseudo-tumoral decorre de trombose intraluminal com crescimento progressivo).Os aneurismas da artéria cerebral posterior (ACP) representam apenas 1-4% de todos os aneurismas intracranianos, com aspectos morfológicos e achados clínicos peculiares.
Objetivos: Apresentar caso de paciente com aneurisma gigante da ACP esquerda comalterações na porção de aspecto mesial do lobo temporal ipsilateral, causandocrises epilépticas.
Metodologia/experiência: Paciente do sexo feminino de 27 anos, admitida para tratamento de cefaleia inédita e refratária com histórico de surtos e crises epilépticas recorrentes, tipo ausências, com alteração do nível de consciência eepisódios de amnésia transitória.A angiotomografia e a angioressonânciamagnética dos vasos intracranianos mostraram grande aneurisma do segmento P3 esquerdo da ACP, com trombo mural extenso,associado a uma área cística no giro parahipocampaladjacente ao local do aneurisma; além de arteriografia cerebral demonstrando tratar-se de aneurisma dissecante.
Resultados parciais:Paciente segue internada em unidade para tratamento aguardando procedimento definitivo, com controle de crises epilépticas, porém com cefaleia refratária.
Conclusão: Aneurismas gigantes, apesar de raros, devem ser considerados no diagnóstico diferencial de pacientes com epilepsia do lobo temporal, notadamente nos casos em que haja relato concomitante de cefaleia intensa refratária.








